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O workshop pretende explorar a visão de jovens arquitectos de hoje sobre obras de arquitectos outrora jovens, também em tempos expostas na Sociedade Nacional de Belas Artes.
A intervenção é um elogio à obra arquitectónica que se alarga a uma crítica do pós-modernismo.
PAVILHÃO DE SQUASH (depois do terramoto)
A obra nasceu da visão do Arqº António Marques Miguel em 1982: um pavilhão de squash (apesar da função não ser relevante para o exercício) integrado num parque do Funchal, na Madeira.
Sob o pretexto de um terramoto imaginário, faz-se, da destruição da obra, o seu elogio.
Assim, “depois do terramoto”, mantém-se a estrutura, o esqueleto, o essencial; e este continua válido e belo.
O elogio da obra, da sua geometria, proporção e luz, concretiza-se quando as suas qualidades se mantêm presentes na ruína. A obra não vive de artifícios; despida, mantém a mesma beleza que tinha quando intacta, sublinhando, assim, a sua verdade.
Como no templo,
o que é pétreo torna-se etéreo, na sagração da obra; a massa torna-se, então, transparente;
o tempo fica suspenso e torna-se eterno no reflexo do reflexo;
a luz torna-se a vida do lugar; desenhada na curva dos arcos e multiplicada até ao infinito.
“O templo no seu estar-aí concede primeiro às coisas o seu rosto e aos homens a vista de si mesmos”
Martin Heidegger in A Origem da Obra de Arte
OBRA ORIGINAL
Pavilhão de Squash \ Quinta da Magnólia, Funchal, Madeira 1982 \ António Marques Miguel (at 41) \SNBA exhibition: Prémios Nacionais de Arquitectura 1987